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A chegada dos portugueses ao Brasil e a urgência de uma revisão histórica.

Publicado dia 22/04/2025 às 10h33min | Atualizado dia 22/04/2025 às 12h59min
A narrativa oficial oculta realidades fundamentais e ignora os povos indígenas que habitavam a região muito antes de 1500.

O “descobrimento” do Brasil e a urgência de uma revisão histórica.

Durante muito tempo, a chegada dos portugueses ao território que hoje conhecemos como Brasil foi ensinada como um “descobrimento”, ideia consolidada no imaginário popular como um marco positivo da história nacional. No entanto, essa narrativa oculta realidades fundamentais e ignora os povos indígenas que habitavam a região muito antes de 1500. Nesse contexto, é urgente revisitar esse episódio sob uma perspectiva crítica e descolonizadora.

De acordo com o Instituto Socioambiental (ISA), cerca de cinco milhões de indígenas, organizados em mais de mil povos, viviam no território antes da chegada dos europeus. Ainda assim, a história oficial insiste em usar a palavra “descobrimento”, reforçando uma visão eurocêntrica que desconsidera a diversidade cultural anterior à colonização. Essa linguagem exclui e silencia os saberes indígenas, como diria Michel Foucault, dentro de um “regime de verdade” imposto por grupos dominantes.

Além disso, os impactos da colonização foram devastadores: guerras, escravidão, doenças e imposições culturais exterminaram cerca de 90% da população indígena. Como lembra o pensador indígena Ailton Krenak, “a história oficial sempre quis nos apagar, mas nossa resistência é a prova de que ainda estamos aqui”. Ignorar esse passado é manter vivas as desigualdades sociais e o racismo estrutural presentes até hoje no Brasil.

Portanto, é necessário que o Ministério da Educação revise os materiais didáticos à luz da Lei nº 11.645/2008, que torna obrigatória a inclusão da história e cultura afro-brasileira e indígena no currículo escolar. Ademais, campanhas de valorização da memória indígena devem ser promovidas em mídias e escolas, com apoio de intelectuais e lideranças tradicionais. Só com uma educação crítica é possível reconstruir a identidade brasileira de forma justa, plural e consciente.

Fonte: Cara da WEB

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