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Religião e política se misturam?

Publicado dia 23/10/2022 às 15h18min | Atualizado dia 23/10/2022 às 15h22min
Alguns líderes religiosos dirigem suas igrejas buscando seguir os passos de Jesus, outras, os passos dos que Ele condenava!

Religião e política  se misturam?

A história mostra que sim. Inclusive, foi a religião um dos  principais instrumento de controle e de disputa que levou aos grandes impérios!
Em "nome de Deus", guerras foram travadas e crimes autorizados! 

Foi essa estrutura manipuladora das e sobre as religiões, que afastou muita gente do Deus amoroso que deu origem à vida e assim afastou as pessoas, também, das religiões, sobretudo, as Cristãs.

A mistura da religião e da política é saudável quando ela é orientadora da defesa dos interesses do povo. Quando se pauta no compromisso humano de cobrar do Estado que cumpra sua função de assegurar condições de vida digna, sobretudo, aos mais necessitados.

As religiões, sejam elas quais forem,  não podem ignorar as desigualdades sociais,  porque a "vida é real e de viés", como bem diz a canção, portanto, não podem ignorar a política! 

O desenvolvimento espiritual, verdadeiro,  não ocorre se decorando trechos bíblicos ou indo às missas e cultos, apenas. Ocorre na ação prática do dia a dia onde somos testados no que sentimos, desejamos e fazemos.

Deus não é mito! Deus é amor. Amor é verbo, exige ação prática, e isso significa comprometimento com a vida real,  com a dor dos oprimidos, com a defesa dos esfarrapados do mundo! 

As religiões, como bem diz a origem dessa palavra, são ou deveriam ser, formas de religamento da humanidade com o Divino, com o amor, com a fraternidade, com a solidariedade e,  jamais, serem instrumentos de separação, de desunião, de apologia ao ódio, de discriminação, de preconceito e de violência!

Uma das maiores representações do Divino na Terra foi Jesus, o Cristo. Jesus nasceu pobre e por isso,  seus 33 anos de vida foram ao lado dos excluídos, enfrentando o ódio dos obcecados pelo poder!

Jesus formou um grande exército de amor sem empunhar uma única espada, sequer!. Não foi clamado como mito pelos seus seguidores, seu nome era "príncipe da paz". Seu exército levava cura para os corpos dos esfarrapados e para os corações corrompidos. 

Foram as palavras esperançosas de Jesus, suas ações de acolhimento dos mais frágeis, sua capacidade de tocar a alma humana, despertando nela o amor que lhe deu origem, que fez de Jesus, o maior exemplo de Deus que passou pela Terra. 

Jesus mudou a história da humanidade e como ele, outros e outras por aqui estiveram e estão, para nos indicar que amor é verbo, que amor é  esperança, que amor é compreensão, bondade, humildade e verdade.

Jesus sabia da sua missão na Terra. Por isso viveu em ação, deixando seu exemplo diário de qual caminho deveríamos seguir. Antes dEle não havia clareza de qual percurso traçar, depois dEle, "a palavra se fez verbo" e o caminho ficou claro como água, só desvia-se quem quer. 

As religiões, sobretudo, as Cristãs, precisam refazer a liga com os princípios vividos por Cristo. Lembrar  que ele foi injustamente preso e assassinado por ter escolhido estar do lado dos humildes. A crucificação foi um assassinato! 

Jesus não veio à Terra para acumular riquezas!
Jesus condenou aqueles que fizeram da palavra de Deus, mercadoria! 

Aos olhos dos gananciosos,  Jesus era uma ameaça ao seu poder e era mesmo, mas não porque Ele almeja seus castelos, seu ouro para si.

 Jesus queria justiça e igualdade. Por essa razão, condenou a ganância que produzia milhões de pessoas famintas e ensinou ao povo que pobreza e riqueza não eram a vontade de Deus, mas fruto da ganância humana!

Toda a vida real de Jesus foi do lado dos mais pobres, ele era um deles, a diferença era que Jesus sabia da verdade e veio à Terra para trazê-la!

Jesus desmontou os dogmas religiosos dos  manipuladores da fé da sua época! E foi  por isso que o tomaram como  inimigo. 

Sim, Jesus foi totalmente contra aos que usavam o nome de Deus para controlar as pessoas e se manterem no poder. Jesus não ignorava a pobreza, a fome, a miséria...ele vinha delas. Os sermões de Jesus não eram para que as pessoas aceitassem a pobreza como algo deixado por Deus, mas que as pessoas vissem como as almas humana haviam sido corrompidas e estavam no caminho errado!

A manipulação dos sedentos pelo dinheiro, retirou muito do Cristo verdadeiro dos seus estudos!  Construíram um Cristo que não tocava na pauta das desigualdades, como se Jesus tivesse sido conivente com ela. Não foi não e, a prova disso, foi sua prisão sem crime e consentida pelo povo , cujas mentes estavam engessadas pelas crenças em um Deus distante, "acima de tudo"  e muito usado até hoje,  nas palavras dos opressores!

Se a vida de Jesus tivesse sido indiferente a tanta miséria:
se ele não tivesse combatido os opressores e defendido os oprimidos;
se sua história na Terra não tivesse sido ao lado dos mais pobres, portanto, de sua classe social;
Se Jesus não fosse um defensor da igualdade e da justiça,
Se não tivesse sido contra aos que ganham dinheiro tirando dos pobres, dos fiéis, aceitando subornos, 

Se Jesus não condenasse todas as formas de violência,  se não fosse contra o ódio e a mentira,

Ele não teria sido assassinado! 

Portanto, e por fim, religião e política sempre andaram juntas. Alguns líderes religiosos dirigem suas igrejas buscando seguir os passos de Jesus, outras, os passos dos que Ele condenava!

Professora Ivânia Freitas – UNEB- Campus VII – Doutora em Educação pela Universidade Federal da Bahia.

Fonte: Site A Cara da WEB

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