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Transvacinados? Negacionistas dizem que “se sentem” imunizados contra a Covid

Publicado dia 28/09/2021 às 06h11min
Considerado um desrespeito às pessoas trans, o termo nasceu na extrema-direita norte-americana e começa a circular no Brasil

As vacinas contra a Covid-19 usadas no Brasil passaram por testes obrigatórios, que conferem sua eficiência e segurança, e foram aprovadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Apesar disso, existe um movimento antivacinação – felizmente, pouco influente no Brasil – que espalha desinformação para tentar desacreditar os imunizantes que reduzem fortemente as chances de infecção e, sobretudo, de complicações e mortes pela Covid-19. As maiores fontes dessa desinformação – que inclui mentiras, como a presença de chips mortais nas doses de imunizante – são influenciadores da extrema-direita nos Estados Unidos. É o caso de uma modinha que começa a se espalhar pelas redes sociais brasileiras, a dos “transvacinados”.

O termo une o negacionismo sobre os imunizantes e sobre a gravidade do coronavírus a um ataque às pessoas transexuais. Quem busca nas redes a versão em inglês, “transvaccinated”, é direcionado a perfis de apoiadores radicais do ex-presidente dos EUA Donald Trump que tentam emular o discurso de pessoas trans para dizer que se sentem imunizados.

Em um dos vídeos mais compartilhados (com milhões de visualizações), um rapaz explica, em inglês, que “uma pessoa transvacinada é alguém que nasceu no corpo errado”. O suposto negacionista (suposto, pois não fica claro se é ou não uma peça humorística) diz: “Eu nasci no corpo de uma pessoa não vacinada, mas eu sabia, desde criança, que deveria estar em um corpo vacinado. Então, eu me identifico como uma pessoa vacinada”.

Brasileiros  estão “importando” essa onda negacionista dos EUA, em um movimento que já vinha ganhando corpo em redes com pouco controle, como o TikTok, e está sendo amplificado pela adesão de influenciadores de peso, como a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), que divulgou o seguinte material para seus 1,3 milhão de seguidores no Twitter, no último domingo (26/9):

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A mulher no vídeo divulgado por Zambelli é a influenciadora Ana Paula Palagar, que faz forte campanha contra o “passaporte da vacinação” e esteve presente nos atos bolsonaristas de 7 de setembro com uma camiseta temática (imagem em destaque). Sua influência digital era pequena até a adoção do termo “transvacinada”, mas, ela agora cresce nas redes, no rastro dessa nova polêmica negacionista – e desrespeitosa às pessoas trans.

 

Fonte: Metrópoles

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