Política
Rombo nas contas do RJ em 2018 foi maior que o imaginado: quase R$ 22 bilhões
Fechamento de dezembro mostra déficit de R$ 4,8 bilhões em fundos invertidos
Rombo nas contas do RJ em 2018 foi maior que o imaginado: quase R$ 22 bilhões
Fechamento de dezembro mostra déficit de R$ 4,8 bilhões em fundos invertidos
O governo de Luiz Fernando Pezão e Francisco Dornelles terminou com um déficit acima do previsto: quase R$ 22 bilhões. No início de dezembro, este blog apurou que a parcial de outubro apontava um buraco de R$ 17 bilhões. O rombo, descobriu-se agora, é R$ 4,8 bilhões maior.
A diferença no cálculo está nos fundos invertidos, espécie de conta pública de onde o governador pode retirar para fazer pagamentos, desde que os reponha. Mas balancetes publicados em Diário Oficial não indicam tais depósitos.
O orçamento de 2018 aprovado pela Alerj no fim de 2017 previa um déficit de R$ 9,2 bilhões – o ano fechou com mais que o dobro disso.
Há dois meses, em resposta ao rombo de R$ 17 bilhões, a Secretaria Estadual de Fazenda afirmara esperar fechar 2018 com um déficit para R$ 7 bilhões, pois receberia royalties de petróleo. Tais créditos também não constam do balancete.
Calamidade financeira
Uma de últimas medidas de Dornelles, que exercia o governo desde a prisão de Pezão, foi prorrogar a calamidade financeira do RJ até o fim de 2019. O decreto veio na mesma edição do Diário Oficial que trouxe o orçamento deste ano – aprovado pela Alerj.
Segundo os números, a receita líquida do RJ será de R$ 72.371.273.586 em 2019. A despesa total está orçada em R$ 80.373.868.770. Isso indica um rombo de cerca de R$ 8 bilhões nas contas públicas - que terá que ser coberto de alguma maneira pelo poder público estadual.