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Justiça manda prender Ecko e mais 42 de milícia no RJ

Herdeiro da Liga da Justiça está foragido.

Justiça manda prender Ecko e mais 42 de milícia no RJ

Herdeiro da Liga da Justiça está foragido.

A Justiça decretou a prisão preventiva, por associação criminosa, de Wellington da Silva Braga, o Ecko, e outros 42 suspeitos de integrar milícia que age em bairros da Zona Oeste do Rio e nos municípios de Itaguaí, Nova Iguaçu e Seropédica.

Decisão desta quinta-feira (31) da juíza Regina Celia Moraes de Freitas, da 1ª Vara Criminal da Regional de Santa Cruz, deferiu os pedidos de prisão do Ministério Público. No texto, Regina destaca que os “integrantes de uma organização criminosa armada (milícia)” pratica “diversos crimes, incluindo lesão corporal e ameaças a moradores das localidades em que o organismo atua”.

A investigação que resultou nos pedidos de prisão foi do Departamento de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil.

Em novembro, o Disque Denúncia aumentou para R$ 10 mil a recompensa para informações que levem à prisão de Ecko.

O grupo criou verdadeiras “franquias”, mostradas na série Franquia do Crime, do G1, que revelou que 2 milhões de pessoas vivem em áreas sob influência de milícias no Rio de Janeiro e 11 municípios da Região Metropolitana.

Procurados

 

 

  1. Wellington da Silva Braga, o Ecko;
  2. Danilo Dias Lima, o Tandera;
  3. Luís Antonio da Silva Braga, o Zinho;
  4. Michael Emerson Andrade de Souza, o Sassa;
  5. Thiago Fonseca Dos Santos, o TH;
  6. Thiago Silva Martins, o Thiago Gibi;
  7. Adriano Costa de Souza, o 06;
  8. Paulo Rodrigo Goulart de Moura, o Recruta;
  9. Vágner da Silva, o Sagat;
  10. Carlos André Ferreira Dos Santos, o Tibirica;
  11. Marcos Fonseca Sampaio, o Bonafé;
  12. Bruno Eduardo de Andrade Gomes, o Chang Lee;
  13. Maurício Alves Assis, o Bucetinha;
  14. Adalberto Braz Corrêa Júnior;
  15. Emerson Dos Santos Lopes;
  16. Victor Felipe Guaper da Silva; o Vitinho;
  17. Jaime Francisco da Silva Neto, o Minho Negão;
  18. Michel André da Silva Alves, o Michel Do Cigarro;
  19. Roberto Moreira Brito, o Gugu;
  20. Cosme Damião Furtado Amâncio;
  21. Marcelo Tinoco Petru;
  22. Francisco de Assis da Silva Botelho;
  23. Marcelo José Costa Brito;
  24. Eduardo Ramos Teixeira, o Feijão;
  25. André Luiz Souza de Andrade;
  26. Gabriel de Abreu Guarani, o Magrinho;
  27. Leonildo Santos de Araújo, o Leo;
  28. Charles Raimundo Chêne Moreira;
  29. Jaime Gonsalves Dos Santos;
  30. Adriano Rodrigues Moura, o Dedo;
  31. Luciano Anízio Soares de Lima, o Charuto;
  32. Leony César Campanha da Silva, o Macete;
  33. Alexandre de Souza damasceno, o Bebezão,
  34. Alexandre Felipe Mendes, o Taz;
  35. Alex Santos Carvalho;
  36. Márcio Gomes da Silva, o Pará;
  37. Bruno Fábio da Silva, o Bico de Pato;
  38. Matheus Vianna, o Matheus 40;
  39. Rodrigo de Oliveira Assis; o Dedinho,
  40. Erick Dos Santos Lima, o Gordinho;
  41. Priscila Simões Melo;
  42. Wagner Viza Salino, o Velho, Fred ou Waguinho;
  43. Paulo Vítor Luciano Lima, o PV.
  44. De Liga da Justiça ao Bonde do Ecko

     

    Considerada a maior milícia da cidade, a Liga atua na Zona Oeste da cidade, explorando o controle de postos de combustíveis, transporte irregular e até a extração de saibro.

    Ecko nunca foi policial e herdou o grupo criminoso do irmão, Carlinhos Três Pontes, ex-traficante e morto ano passado, em uma ação da polícia.

    Até esta quinta-feira, constavam contra Ecko um mandado de prisão por homicídio simples e outro por extorsão.

    Em abril de 2018, o criminoso conseguiu escapar de um grande cerco montado pelas forças de segurança. Ecko estava em uma festa num sítio, mas fugiu após quatro criminosos do grupo entrarem em confronto com policiais.

    Na ocasião, 159 pessoas foram presas, e quatro homens morreram em confronto. A ação, no entanto, tem causado controvérsia: o Ministério Público estadual pediu a soltura de 138 detidos, sob a alegação de não haver ligação com o crime.

    Inicialmente atuando nos bairros de Campo Grande, Santa Cruz, Cosmos, Inhoaíba e Paciência, na Zona Oeste, a Liga da Justiça chegou ao seu auge em 2007, com assassinatos e controle econômico da região.

    Na época, os chefes da milícia eram Ricardo Teixeira Cruz, o Batman; Toni Ângelo Souza Aguiar, o Toni Angelo; e Marcos José de Lima, o Gão, todos ex-policiais.

    Com todos presos após operações em 2007 e 2008, a configuração da milícia mudou. Carlinhos Três Pontes passou a liderar o grupo. Diferente dos antecessores, ele era ex-traficante do Morro Três Pontes, em Santa Cruz, e tornou-se o chefe do grupo até ser morto.

    Nessa época, Ecko assumiu a liderança da Liga da Justiça. Atualmente, o nome do grupo faz referência ao líder: Bonde do Ecko.

    Batman, considerado o primeiro grande chefe do grupo, cumpre pena no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Na mesma época de sua prisão, também foram condenados por integrar a mesma facção criminosa o ex-vereador Jerominho Guimarães e seu irmão, o ex-deputado estadual Natalino Guimarães.

     

Página:

https://caradaweb.com/noticia/policial/2019/02/01/justia-manda-prender-ecko-e-mais-42-de-milcia-no-rj/421.html