Policial
Famílias de dois mortos em Manguinhos acusam atiradores da Polícia Civil
Tiros teriam partido de torre da Cidade da Polícia. DH abre inquérito para apurar um dos casos.
Famílias de dois homens mortos na sexta-feira (25) e na terça-feira (29) na comunidade de Manguinhos, na Zona Norte do Rio, afirmam que os tiros que os mataram foram desferidos por atiradores da Polícia Civil. Segundo os parentes, os disparos partiram da torre da Cidade da Polícia, que fica no bairro vizinho do Jacaré.
Os mortos são Rômulo de Oliveira da Silva, de 37 anos, baleado nesta terça, e Carlos Eduardo dos Santos Lontra, de 27 anos, morto na sexta. A Delegacia de Homicídios informou que abriu inquérito para investigar o caso de Rômulo, mas não deu mais informações.
Irmã de Carlos, Kelly Lontra conta que ele trabalhava em uma empresa de reforma de extintores de incêndio. Ele teria sido atingido depois de passar na casa da namorada, assim que voltou do trabalho. "Eu estava em casa quando um rapaz me chamou falando que ele tinha sido baleado, por volta de 18h40. Quando eu cheguei lá fiquei sabendo que foi na barriga", conta.
O uso de atiradores de elite- os snipers- para atirar em criminosos portando fuzis, independentemente de estarem disparando a arma ou não, foi uma promessa do governador Wilson Witzel.
Witzel diz que a autorização para o abate de criminosos de fuzil nas ruas é uma interpretação pessoal do Código Penal e afirmou que vai defender os policiais nos tribunais. "Prefiro defender policiais no Tribunal do que ir a funeral. O policial será defendido. Se condenado, nós vamos recorrer. Se a sentença for mantida, é um risco que a gente corre. O que me deixa desconfortável é ver bandido com fuzil na rua", disse ele, em entrevista ao Estúdio I.
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https://caradaweb.com/noticia/policial/2019/01/31/famlias-de-dois-mortos-em-manguinhos-acusam-atiradores-da-polcia-civil/419.html