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ONU termina sem acordo sobre Irã

Reunião do Conselho de Segurança da ONU termina sem acordo sobre Irã

Reunião realizada pelo Conselho de Segurança da ONU foi marcada por troca de farpas e terminou sem um consenso sobre a ofensiva do Irã

Países-membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniram, neste domingo (14/4), para discutir a crise no Oriente Médio após a operação do Irã que lançou drones contra o território de Israel. O encontro, no entanto, foi marcado por troca de farpas e acabou sem um acordo ou declaração conjunta sobre a ofensiva iraniana.

 

O secretário das Nações Unidas, António Guterres, iniciou a reunião alertando para um risco de “conflito total” na região e frisou que é hora de desarmar e diminuir a escalada da tensão.

No entanto, o clima na reunião foi de acirramento, com representantes dos países trocando acusações e ameaças. Em sua fala, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, comparou os aiatolás, líderes iranianos, ao regime nazista.

“O regime dos aiatolás é um plano muito claro. O seu objetivo tem sido a continuidade da dominação global pra levar a revolução xiita mundo afora”, argumentou o embaixador. “Como o regime nazista, o regime dos aiatolás espalha a morte e a destruição onde passa”, reforçou Erdan.

Os Estados Unidos, aliados de Tel Aviv, pediram a responsabilização do Irã pelo ataque. “A ação do Irã não pode ficar sem respostas”, disse Robert Wood, embaixador americano na ONU. Ele também acusou o país de financiar grupos terroristas no Iêmen e de fornecer material militar para a Rússia.

 

Direito de defesa

O Irã, por sua vez, defendeu que o ataque direcionado a Israel foi “necessário e proporcional”. O embaixador Saied Iravani também cobrou uma posição do Conselho de Segurança em relação ao ataque à representação diplomática do país na Síria, em 1º de abril. E afirmou que os Estados Unidos têm protegido Israel de ser responsabilizado pelo que chamou de “massacre” na Faixa de Gaza.

“Por que proteger Israel enquanto eles atacam as nossas instalações diplomáticas e justificam esse genocídio contra os palestinos indefesos sob o pretexto da autodefesa?”, questionou o representante do Irã na ONU.

Já os representantes da Rússia e China evitaram condenar a operação iraniana. O embaixador russo Vassili Nebenzia criticou o Conselho de Segurança por barrar uma manifestação contra o bombardeio à embaixada do Irã na Síria. “Hoje, o que vemos aqui é uma disposição de hipocrisia”, lamentou.

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