CaradaWeb

Astrologia

A Historia da Astrologia

O que está em cima é como o que está embaixo...

Como já é bem conhecido, a astrologia era parte importante de culturas ancestrais, que se valiam da observação dos astros para interagir com suas plantações, colheitas, navegação e guerras. A mecânica celeste influenciava a natureza e as pessoas e eventos então começaram a ser determinados a partir da astrologia, que evoluiu para analisar também o nosso lado comportamental.

Atualmente o estudo prossegue, mas já temos milênios de dados para saber que forças eletromagnéticas interagem e influenciam nosso comportamento, a natureza e outros eventos. Esse esquema eletromagnético é como uma tapeçaria energética que envolve tudo e todos, permitindo trocas constantes de energia.

Embora a astrologia já tenha sido usada de forma distorcida e imediatista - o que serviu para arranhar sua imagem - tal estudo continua sendo uma ferramenta essencial para nosso desenvolvimento como indivíduos e espécie. Através dela, entendemos melhor o que acontece internamente e ao nosso redor, nos tornando mais conscientes quanto a quem somos e o que podemos nos tornar.

Embora existam registros relativos a alguns estudos astrológicos de mais de 20 mil anos atrás, a astrologia como conhecemos começou a ser organizada e difundida há cerca de 5 mil anos a.C., mais precisamente pelos Sumérios na região da Mesopotâmia. Com invasões e conquistas, o conhecimento acabou sendo difundido para outras culturas e impérios e a Babilônia foi grande responsável por reunir milênios de estudos, compilados em livros na grande biblioteca de Nínive.

Os primórdios

Descobertas arqueológicas têm fornecido evidências de observações astronômicas desde a pré-história, onde o céu já era visto como tipo de "mapa", relógio ou calendário antes mesmo de tais coisas existirem. As primeiras observações inspiradas pela imaginação e criatividade humanas deram origem aos padrões encontrados em agrupamentos de estrelas e a isto deu-se o nome de asterismos. Existem diversos sistemas de asterismos desde os tempos mais remotos e partir destes, surgiram as constelações.

Há milhares de anos diversos povos e comunidades associam narrativas mitológicas a estes agrupamentos de estrelas, das quais recebiam inspirações para sua teologia astral, aplicando-as as mais diversas religiões da história da humanidade. Muitas moradias e construções eram orientadas em alinhamento com constelações.

A Astrologia se desenvolveu de forma mais criteriosa na Mesopotâmia, com um conjunto de elementos classificados e organizados entre si com os povos da Babilônia, Pérsia, Suméria e Assíria, além dos Caldeus (povos semitas do sul da Mesopotâmia que habitavam na margem oriental do rio Eufrates). Para se ter uma ideia da importância da Caldeia na astrologia, basta dizer que por séculos os Caldeus eram chamados apenas de astrólogos.

Na região onde viviam, existiam grandes planícies, o que permitia uma observação perfeita do céu. A primeira noção de zodíaco vem deles, que observaram que a Lua e o Sol atravessavam sempre as mesmas constelações inseridas em uma faixa do céu, que chamavam de Caminho de Anu. Anu era o Deus assírio-babilônio do céu e era o Deus "An" na mitologia dos sumérios, que o descrevia como rei das estrelas, dos espíritos e dos demônios, um ente que habitava o ponto mais alto do céu, julgando homens e outros deuses, já que também era tido como o pai dos Anunnaki, suposto grupo de divindades sumérias, acádias e babilônicas as quais eles diziam que eram o "povo vindo do céu".

Os sacerdotes Caldeus observaram também que 5 estrelas se moviam, enquanto as outras estavam paradas. Eram os planetas que conhecemos hoje e que também trilhavam o Caminho de Anu, o círculo imaginário, correspondente à aparente órbita do Sol em volta da Terra, a Eclíptica.

Porém, em sítios arqueológicos na Índia, com mais de 23 mil anos, foram encontrados fragmentos ósseos com marcas parecidas com tabelas de planetas. Isso dá indícios de que há muitos milhares de anos o homem já tinha percebido que o nosso comportamento estava de alguma forma relacionado com o movimento dos astros, e que o mesmo era cíclico. O que não se sabe é se esse conhecimento foi uma descoberta ou foi transmitido de fato por seres ditos superiores - ou até mesmo vindos do espaço, como pregam algumas correntes.

A tapeçaria celeste

Quando os Sumérios começaram a viver na Mesopotâmia mais ou menos em 5.000 a.C., erigiram torres bem altas que serviam a vários propósitos. Além de depósito de alimentos e templos religiosos, também eram observatórios astronômicos. A ciência ainda não era separada da religião, nessa época os templos eram os responsáveis por ampliar o conhecimento do povo, decidindo também o que - e de que jeito revelar ou não, por vezes tirando vantagem de eventos celestes para controlar o povo.

O conhecimento que os Sumérios acumularam nessa época, foram roubados e compilados por Acádios, Hititas e Persas, que invadiram a região por volta de 3.000 a.C. Logo as técnicas sumérias de observação astronômica foram incorporadas e a Babilônia se tornou a capital do Oriente Médio, estendendo sua influência por todos os povos e regiões próximas. Por volta de 668 - 627 a.C., Assurbanípal, o último grande rei dos Assírios, mandou construir uma enorme biblioteca na cidade de Nínive, que passou a abrigar uma coletânea com obras em caracteres cuneiformes, que é uma escrita gravada inicialmente em tábuas de argila com auxílio de objetos em forma de cunha. Estas tábuas foram as responsáveis por muito do que se sabe dos povos da Mesopotâmia e muitas dessas obras eram referentes a Astrologia.

Os mapas celestes (chamados efemérides) mais antigos são da época de Assurbanípal. Eram tábuas de movimentação dos planetas, obtidas através do conhecimento que, de alguma forma, possuiam dos ciclos planetários. As efemérides traziam previsões como cheias de rios, melhores épocas para plantar e outros fenômenos da natureza. Podiam ainda prever catástrofes trazidas pelo homem, como guerras, por exemplo. Assim, a astrologia da Babilônia era dedicada a prever eventos que causariam impacto na vida coletiva. Tudo passava pelo rei, personificação do bem-estar de todos no reino.

A astrologia influenciou tanto a Babilônia, que passou a se dedicar também aos indivíduos, com cálculos cada vez mais acurados. Um dos mapas astrológicos mais antigos que existem é o do rei Sargão I da Babilônia (2.350 a.C), o que mostra como o estudo astrológico do indivíduo através da noção de Mapa Astral tomou importância e direcionamento.

Astrônomos surgiram e passaram a se dedicar ao estudo do céu. No século IV a.C, Kidinnu, um astrônomo Caldeu, conseguiu calcular quanto tempo a Lua levava para completar seu ciclo. Ele chegou ao resultado de 29 dias, 12 horas, 44 minutos, 3 segundos e 3 décimos de segundo. Considerando as ferramentas que Kidinnu tinha na época (cerca de 2.400 anos atrás), podemos dizer que foi um feito incrível, já que a medição atual só corrige em centésimos suas projeções: ao invés de 3 segundos e 3 décimos, são 2 segundos e 87 centésimos de segundo, o que dá meros 43 centésimos.

Os gregos e a astrologia

A forma que a sociedade da Babilônia tinha de pensar e entender o mundo foi aos poucos sendo incorporada e substituída pelo pensamento grego. Isso aconteceu quando o macedônio Alexandre "o Grande" conquistou o Império Persa. Mas engana-se quem pensa que o conhecimento dos Sumérios foi soterrado pelos pensadores gregos. Na verdade, os gregos herdaram, dos povos da Mesopotâmia, o conhecimento sobre os planetas visíveis, as constelações do zodíaco e também, séculos de registros de observações astronômicas, inclusive sobre a ideia de predições a partir de movimentos planetários.

Platão, Sócrates e Aristóteles beberam na fonte babilônica, comungando da ideia de que tudo que existe está de alguma forma interligado, que uma lei universal rege tudo e todos em uma organização única. Os pensadores gregos acreditavam ainda que os elementos (ar, terra, água e fogo) eram a base dessa essa organização, assim cada signo astrológico era então associado a um desses elementos.

Pitágoras, por exemplo, desenvolveu a numerologia, ciência que prega que a cada número está associado a um símbolo sonoro (letra, fonema). Ele acreditava em uma relação mística da matemática com as coisas, além de ter a convicção de que a terra era redonda. O pensamento de Pitágoras influenciou outros filósofos gregos como Aristóteles e Platão, que acreditavam que tudo o que ocorria no mundo tinha relação com o movimento dos astros e planetas.

Há mais indicativos dessa fusão do pensamento babilônico com o pensamento grego. Um sacerdote Caldeu chamado Berosus manteve uma escola de astrologia na Grécia, por volta de 640 a.C. Ele escreveu um texto entitulado "Babiloníaca", onde difundia a Astrologia que seu povo havia desenvolvido.

Eudoxo, astrônomo grego, mediu o ano solar composto por 365 dias e 6 horas e propôs um modelo tridimensional com 27 esferas concêntricas à Terra. Heraclites propôs que a Terra girava sobre o próprio eixo. Os gregos determinaram os pontos fundamentais na esfera celeste. Os gregos Meton e Eucatemón em 420 a.C. estabelecerem os equinócios e solstícios, ainda utilizando a tabela dos babilônios, sem precisão exata.

O grego Hiparco, um construtor, cartógrafo, matemático e astrônomo da escola de Alexandria (hoje Iznik, na Turquia), é considerado pai da trigonometria, foi o primeiro astrônomo grego a insistir em precisões e fonte principal dos estudos de Ptolomeu. Usou sua tabela trigonométrica e o conhecimento dos babilônios nos seus estudos em astronomia. Introduziu na Grécia a divisão da circunferência em 360 graus, melhorando algumas constantes astronômicas importantes tais como a duração do dia e do ano.

Calculando melhor essas medidas de tempo, Hiparco conseguiu fazer previsões de eclipses lunares e solares com um grau de precisão jamais obtido antes (uma margem de erro de 6 minutos foi descoberta nos seus cálculos mais tarde). Ao comparar as posições antigas, descobre a variação do ponto vernal e como causa disso descobriu a precessão dos equinócios, mostrando que a cada ano o céu mudava de posição e que a cada 2.000 anos aproximadamente o equinócio da primavera atrasava 30 graus, mudando de signo, o que estabeleceu a noção de Era Astrológica.

Hiparco ainda dividiu o mundo em zonas climáticas, criou o primeiro astrolábio que media a distância de qualquer astro em relação ao horizonte, além de inventar o sistema de localização através do cálculo da latitude e longitude.

Com um dispositivo que seria o percursor do teodolito moderno, confirmou que a distância das estrelas não era fixa na esfera celeste. A partir dessas observações, chegou à conclusão de que o plano que contém a órbita da Terra deveria ter se deslocado em sentido anti-horário. Convencido de que a esfera celeste não era constante, criou um mapa estelar, pois queria um catálogo onde pudesse registrar a luminosidade apresentada por cada estrela da sua época. A ideia era baseada na configuração dos astros que poderiam sofrer outras alterações além das periódicas, já conhecidas. Essas alterações talvez só tenham passado despercebidas por conta da lentidão com que se processavam.

Um exemplo interessante da sofisticação dos estudos gregos foi um objeto encontrado em ruínas,  um dispositivo criado na Grécia antiga em aproximadamente 80 a.C e que é considerado hoje como o primeiro ancestral dos computadores astronômicos, por consistir em
uma engrenagem semelhante a um relógio como um objeto que simula o movimentos dos planetas. Trata-se de um instrumento de bronze conhecido como Máquina Anticítera.

Na mesma época Roma começava a abrir suas portas para a Astrologia, iniciando o período em que esta ciência entrou em ascensão no Ocidente. Isso ajudou a aperfeiçoar as regras de interpretação do mapa individual. O Ascendente foi incluído no mapa astral da pessoa em 80 a.C., quando os gregos notaram que era importante incluir o signo que surgia no horizonte na hora que a pessoa nascia. Exatamente aí incluiu-se na Astrologia a noção de Casas Astrológicas. O céu foi dividido em doze partes e o início era no Ascendente. A influência de cada planeta foi estabelecida, assim como o signo de seu domínio (vale lembrar que na época apenas 7 astros móveis eram conhecidos).

A Astrologia egípcia também bebeu na fonte dos sumérios. Talvez a maior diferença fosse o signo de Escorpião, que no Egito era simbolizado por uma águia. A fusão das duas linhas de pensamento astrológico aconteceu quando Alexandre conquistou o Egito. A conquista se deu de forma pacífica, com a rendição egípcia. O faraó havia ouvido relatos de que o conquistador preservava a cultura e religião dos povos conquistados. Aristóteles teve grande influência, pois o faraó levou em conta seus ensinamentos sobre a importância das ciências e da cultura dos povos.

Quando Alexandre morreu, seus generais dividiram os territórios. Ptolomeu ficou com o Egito e se instalou em Alexandria, que se tornaria berço do conhecimento ocidental, transmitindo o conhecimento dos Sumérios para os povos do ocidente.

O auge e declínio da astrologia no Império Romano

O Império Romano conquistou a Grécia e foi em Roma que a astrologia atingiu seu auge. Políticos proeminentes como Tibério, Augusto e os primeiros Césares abraçaram o conhecimento astrológico grego, passando a consultar a Astrologia para diversos fins. Tibério, por exemplo, estudava o mapa astrológico dos seus rivais. O Imperador Augustus ordenou que se cunhassem moedas com seu signo. Logo a astrologia estava espalhada pelo povo. Os intelectuais romanos que influenciavam os nobres perderam espaço para os astrólogos. Isso causou enorme furor entre os intelectuais, que declararam guerra contra a astrologia.

As culturas da Grécia e do Oriente começaram a sofrer um declínio juntamente com a decadência do Império Romano. Foi justamente aí que a astrologia começou a virar superstição e a guerra contra a astrologia iniciada pelos intelectuais da época ganhou a adesão da Igreja. Em 1666 o Primeiro Ministro da França decretou que o estudo da Astrologia não seria mais praticado nas academias francesas. Antes dessa época, não existia diferença entre Astrologia e Astronomia, que significavam uma coisa só.

As referências astrológicas que existiam no Evangelho de Lucas e no livro do Apocalipse passaram a ser ignoradas pela Igreja. No Evangelho, por exemplo, os Reis Magos eram chamados de astrólogos.

Astrologia na Idade Média

Isidoro de Sevilha, arcebispo espanhol, foi um dos primeiros a querer separar a astrologia da astronomia, no ano de 636 d.C., mas a separação oficial foi mesmo no século XVI, com a substituição do sistema de Ptolomeu pelo sistema de Copérnico.

O olhar astronômico não exclui o olhar astrológico, apenas é importante notar que estas duas áreas de conhecimentos humanos, nascidas juntas inclusive, se pautam em fundamentos diferentes e objetivos específicos a cada área.

E em dado momento histórico seguem cada qual os seus caminhos de especializações. Ainda que os astros e os movimentos cósmicos sejam considerados como pontos de referência no estudo do tempo e do espaço, a astrologia está mais próxima das ciências humanas. A Astronomia, por outro lado, tem como objetivo e finalidade o estudo dos corpos celestes e não relaciona a concepção de tempo em analogia a comportamentos humanos, a princípio.

Com a separação feita entre astrologia e astronomia no ocidente, e a subsequente perseguição à astrologia, a ciência só não foi praticamente enterrada por causa dos árabes e do Califado de Bagdá. Bagdá era a capital da astronomia no século X e a astrologia era baseada na experiência e na observação, utilizada de forma prática para realizar previsões. A astrologia árabe baseada em previsões (o maktub, ou seja, o que já estava escrito, tinha que acontecer) influenciaram a astrologia mediterrânea.

O maior astrólogo árabe foi Albumazer, que teve seu livro de introdução à astronomia traduzido na Espanha, no começo da Idade Média. Nas universidades espanholas e italianas ainda havia cadeiras de Astrologia e há estudos que indicam que a Cabala teve influência direta da astrologia.

Havia outros defensores da astrologia na Idade Média, espalhados por vários países da Europa. Santo Alberto Magno defendia que a astrologia era uma ciência legítima e não aceitava a alcunha de "arte da advinhação" que a astrologia ganhou durante o declínio do Império Romano. Ele recuperou os ensinamentos de Aristóteles, há muito esquecidos e a importância da ciência e filosofia dos árabes e gregos para a teologia. Outros defensores foram Michael Scott (morto em 1235), com o livro "Liber Introductorium" e Tomás de Aquino, que aproximou os conceitos cristãos da astrologia. 

A astrologia passou a fazer parte do currículo da Universidade de Bolonha em 1125. Lá, estudaram Dante Alighieri e Petrarca. Por conta de toda essa defesa e reconhecimento, os astrológos passaram a ser chamados de Mathematici, pois a astrologia era uma aplicação importante da matemática. Até os médicos eram chamados assim, pois utilizavam a astrologia para auxiliar no tratamento de enfermidades.

Mesmo assim a perseguição à astrologia e aos astrólogos continuou. Cecco d’Ascoli, por exemplo, que era professor de astrologia em Bolonha, foi morto na fogueira em 1327 por conta do que a igreja católica considerava ser "ideias hereges".

No Inferno da Divina Comédia, o autor Dante Alighieri expôs ao ridículo os astrólogos Michael Scott e Guido Bonatti, mas somente porque ambos misturaram outras coisas à astrologia, como necromancia. Para Dante, eles abusavam do conhecimento astrológico que tinham recebido.

Astrologia na Renascença

Na época do Renascimento a astrologia passou a ser mais difundida e até a Igreja, através do Papado, apoiou a ciência. Nomes como Galileu, Newton, Kepler, Tycho Brahe, Nostradamus e Paracelso estudaram e utilizaram a astrologia de forma ampla.

Copérnico e seu trabalho sobre heliocentrismo foram ajudados tanto pelo astrólogo Reticus (que acrescentou um capítulo sobre astrologia e imprimiu o trabalho), quanto por Tyco-Brahe (médico e astrônomo), que ao observar com precisão a movimentação dos planetas conseguiu comprovar a teoria de Copérnico. A obra de Kepler (assistente de Tycho-Braher) entitulada "Concerning the more certain fundamentals of astrology (1602)" mostra como a Lua, o Sol e os planetas exercem influência sobre as pessoas, suas vidas e o que acontece na Terra.

Poucas décadas depois, a astrologia passou a ser novamente desacreditada, o que pode ser visto no livro de Isaac Newton "Diálogos astronômicos entre um cavalheiro e uma dama", que explica elementos da astronomia, utilizações dos globos terrestres e a doutrina da esfera celeste.

Astrologia nos Tempos Modernos

Na década de 1930, o conhecimento da astrologia havia sido resgatado. Por conta da introdução de novos planetas, ocorreu uma separação entre Astrologia tradicional e Astrologia moderna. Essa mudança trouxe bastante controvérsia, já que astrólogos mais tradicionais refutam as bases da astrologia moderna, achando principalmente que houve uma padronização e generalização da astrologia antiga, visando simplificar a astrologia para que ela fosse mais facilmente difundida. Segundo eles, isso leva a uma prática mais comercialista, onde esoterismo e advinhação faz vender jornais, revistas e outros serviços.

A astrologia começou a ser resgatada de fato após meados do século 20. Com o avanço da tecnologia, cálculos antes complexos foram facilmente feitos por computadores, assim fazer um Mapa Astral ficou muito mais preciso e rápido. Antes eram necessários inúmeros cálculos feitos à mão para se descobrir o desenho do céu na hora do nascimento de um indivíduo.

Pesquisas modernas passaram a ignorar o conhecimento de culturas milenares e passaram a testar a astrologia cientificamente, através de hipóteses que acreditavam ser testáveis. Claro que os resultados dessas pesquisas foi sempre negativo, contribuindo para uma visão cada vez mais manchada da astrologia.

Não ajudava também o fato dos astrólogos envolvidos nas pesquisas utilizarem a Astrologia moderna, ou seja, a astrologia para eles era um negócio. Estudos com astrólogos que utilizavam a astrologia tradicional nem sempre eram negativos. Esse pode ser um indicativo de que a astrologia que é amplamente divulgada na mídia mainstream sob uma forma mercantilizada e rasa está longe de ser validada, pois na maioria das vezes não é utilizada ou estudada à fundo como nos séculos passados. O conhecimento da astrologia clássica ainda existe para que quiser se aprofundar no assunto.

Não é possível acreditar incondicionalmente em horóscopos diários genéricos publicados em revistas e jornais, pois eles levam em consideração apenas a posição do Sol nos signos. O astro é apenas um, em meio a outras variáveis necessárias para a realização de um mapa astral.

Outro fator é que mesmo a astrologia possuindo fundamentação matemática, o próprio indivíduo traz o elemento humano à receita, fazendo com que as informações obtidas sejam convertidas. Assim, os resultados sempre serão subjetivos e nunca uma verdade absoluta.

 

Página:

https://caradaweb.com/noticia/astrologia/2021/02/11/a-historia-da-astrologia/687.html