Política
Bolsonaro diz à PF que soube de apreensão de joias mais de um ano depois
Em depoimento, ex-presidente explicou ainda que sua intenção era evitar um vexame diplomático de o presente dado por outra nação ser levado a leilão.
O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou em depoimento na tarde desta quarta-feira, 5, à Polícia Federal que ficou sabendo da existência das joias sauditas milionárias no final de novembro de 2022, 14 meses depois de as peças terem chegado ao país.
A oitiva para falar sobre os três conjuntos de joias dados de presente pelo governo da Arábia Saudita a ele e à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi realizada na sede da PF em Brasília e durou aproximadamente três horas. De acordo com fontes ligadas à defesa de Bolsonaro, ele disse que não não se lembra de quem o avisou da apreensão das joias pela Receita Federal.
Bolsonaro disse ainda que sua intenção era evitar um vexame diplomático de o presente dado por outra nação ser levado a leilão. Ele afirmou mandou o seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, verificar e esclarecer o que poderia ser feito com as joias dadas pelas Arábia Saudita, retidas pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
Segundo uma pessoa que acompanhou o depoimento, Bolsonaro estava ‘relaxado’ e foi tratado com cortesia. O nome de Michelle não foi citado.
O ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento sobre as joias que recebeu de presente da Arábia Saudita na tarde desta quarta-feira. Segundo a coluna Radar, a defesa do ex-presidente apoiou-se na tese de que as joias teriam sido catalogadas junto à Presidência e que não houve nada que apontasse para uma infração da lei
