Opinião
Nações Errantes, por Ademir Souza
Uma reflexão sobre as guerras Israel-Palestina e Ucrania-Russis

Quando hei de ultrapassar o meu corpo e gritar que não morri para sempre...
Quando hei de tombar sobre a tua alma e senti-la tão vibrante quanto a minha pele molhada de vento, sofrida por um amor perdido, de amor, cuja morte súbita nos vem arrastar a esta renúncia vencida...
Acorda, amor -
estou com a tua alma sobre mim, sobre o meu corpo ressentido, só para te dizer adeus - sob o quebranto audaz da lápide que ora encharca a lembrança e o amor dilapidado por a guerra...
Graças, graças... que ainda se tem uma placa - mesmo alquebrada - para dar visibilidade das perdas humanas - de vida e da história - e do sobre nós a fim de que outras juventudes (contorcidas por violência civil-militar-religiosa) tenham a chance de identificar os caifazes de invólucro de agonia que tanto insistem em nos abocanhar, saboreando de antemão toda a esperança.,.
SÓ O AMOR PÔDE SOVREVIVER A TODA ESTA DOR....
e para quê? ...
SÓ PARA DIZER QUE TE AMO SOBRE TODO ESTE DESENCANTO ENVIDRACADO DE PÓLVORA, FOGO CERRADO E BALA ADVINDO DO PROPRIO HOMEM ERRANTE - EM NAÇÕES GRANDIOSAS. ERRANTES.
Luiz Ademir Souza
Berlim 18.10.2023