Curiosidades
Gato com síndrome de pica é adotado por veterinário e algo acontece
Após adotar gato com síndrome de pica, veterinário se torna terapeuta; entenda
Após adotar gato com síndrome de pica, o veterinário Guilherme Dornelas, de 33 anos, resolveu se especializar em psiquiatria felina, e se tornou terapeuta felino. O transtorno é caracterizado pela vontade incontrolável de comer coisas que não são comíveis e pode acometer tanto animais quanto humanos.
Segundo Guilherme, que é morador de Santos, no litoral de São Paulo, o gato de nome Baguera ficou dias sem comer depois de ser resgatado. "Quando começava a comer, comia desesperadamente e qualquer coisa".
"Aos poucos, eu fui inserindo na rotina dele brinquedinhos que ele não conseguia comer, mas que gastava um tempo até conseguir chegar na comida", explicou o veterinário ao g1.
Conforme o veterinário, o tratamento de síndrome de pica em gatos visa estimular o animal a esquecer a compulsão e eliminar ou dificultar o acesso aos elementos mais procurados.
Ao g1, Guilherme revela que em casa passou lacrar a lata de lixo, onde o Baguera costumava comer os resíduos. Além disso, revela que o animal chegou a quase precisar de cirurgia para retirar do estômago as substâncias impróprias que ingeria.
Após o sucesso no tratamento com o gato de estimação, Dornelas se especializou em psiquiatria e se tornou um “terapeuta” de felinos e auxilia dezenas de animais, que, assim como os humanos, podem desenvolver transtornos mentais, como ansiedade, depressão e bipolaridade.
Terapeuta felino
Atualmente, Guilherme Dornelas atende seus pacientes em domicílio o que o ajuda a identificar os problemas na rotina e no ambiente do gato. As mudanças nesses aspectos são as principais causas dos transtornos mentais dos animais.
Para o veterinário, a psiquiatria felina é essencial, já que os humanos tiraram os gatos do habitat, que era a selva, e os transformaram em animais domésticos.
"A psiquiatria ajuda a entender melhor a mente daquele gatinho que não fala, mas se comunica de muitas formas. [Os veterinários psiquiátricos] fazem essa tradução para os tutores e tiram a distância desses dois mundos [selvagens e domésticos]", esclarece Dornelas
Com informações de g1 Santos