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O Poderoso Chefão, aos 50 anos, é o monumento de Francis Ford Coppola

Publicado dia 23/02/2022 às 14h43min
Remasterizado –como retorna aos cinemas nesta quinta (24)– ou não, imperdível

Hoje parece simples, mas quem viu a cena há 50 anos, em 1972, quase pulou da poltrona e jamais esqueceu: após os primeiros créditos de “O Poderoso Chefão”, a tela ficava escura; e dela, como se viesse de muito longe, saía uma voz: “Eu acredito na América”, dizia. “Mas o que é isso?” –as pessoas podiam perguntar. Não bastasse começar com a tela escura, vinha essa frase.


E quem, naquele momento, acreditava na América –ou seja, nos Estados Unidos? Ninguém. Nem quem fingia acreditar. Os EUA se afundavam agonicamente na Guerra do Vietnã, os caixões chegavam aos montes com pracinhas mortos, os protestos estavam em toda parte. Mas essa era a pergunta lançada direto em nossa cara. Coppola levava a ironia a sério.


Aos poucos surgia um ator falando diretamente para a câmera, contando sua história. A câmera se afastava bem lentamente e, de costas, via-se o vulto que todos esperavam ver: Marlon Brando, ou Vito Corleone.


Esse início já anunciava o que viria ser o maior clássico do cinema da moderna Hollywood. Um filme clássico, dizem. Mas nem tanto. Com essa abertura, não se pode ser de todo clássico. E depois meia hora de uma festa de casamento servindo como exposição e introdução ao drama que viria a seguir.

O diretor Francis Ford Copolla e os atores Robert Durvall e os atores Marlon Brandon (à direção), durante o filme ‘O Poderoso Chefão’|Reprodução


Terminada a festa em Nova York, o filme se desloca inesperadamente a Hollywood, para uma sequência intermediária –mas não menos antológica do que tudo que veio antes. É quando conhecemos pessoalmente os métodos brutais do afável Vito Corleone.


Pouco depois, um lance nos remete ao Hitchcock de “Psicose”: um atentado deixa don Vito prostrado no chão. Mas, ao contrário de Janet Leigh em “Psicose”, Vito não morreu.


Em compensação, sua quase morte é o pretexto para que a figura de seu filho Michael comece a se sobressair, a transformar-se do rapaz de bem que era no “capo” mais implacável que já se viu no cinema.

Fonte: Jornal de brasília

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